terça-feira, 18 de março de 2014

Ensino de programação de computador nas escolas

Depois da introdução do uso tecnologia nas salas de aulas, a tendência agora é ensinar desde cedo os alunos não só a usarem dispositivos e softwares como também criá-los. O avanço da tecnologia digital desperta mobilização de educadores e empresários em todo o mundo em favor de lições de computação na educação básica.

Um número crescente de especialistas argumenta que não basta preparar os estudantes do século 21 para ler, escrever ou fazer contas: é preciso ensiná-los a programar computadores. Nos Estados Unidos, celebridades se uniram em uma campanha em defesa da chamada "alfabetização digital".

Personalidades como o fundador da Microsoft, Bill Gates, e o criador do FaceBook, Mark Zuckerberg, figuram em um vídeo divulgado na internet que defende o ensino de linguagem de programação — códigos que mesclam letras, números e sinais gráficos para dizer aos computadores e dispositivos digitais que ações realizar, como enviar e-mails ou rodar aplicativos e jogos.

Para os defensores da ideia, nos próximos anos será tão importante falar a língua das máquinas como hoje é fundamental ler e escrever. Duas razões principais sustentam a educação com programação, seria:

1) Faltam programadores no mercado de trabalho — a defasagem deverá chegar a 1 milhão de pessoas em 2020 em alguns países

2) Pedagogos apontam que aprender a lógica da computação ajuda o raciocínio, melhora o desempenho em outras disciplinas e estimula a criatividade do aluno

O problema é como disseminar essa cultura no Brasil, o que exige treinar professores e dar infraestrutura. Hoje, a modalidade de programação mais ensinada em escolas públicas e privadas é a robótica, na qual os alunos comandam a movimentação de robôs por meio de códigos inseridos no computador. Na rede municipal de Porto Alegre, por exemplo, 35 escolas treinaram professores de disciplinas variadas para usar esse recurso e seguem com ele no currículo.

Também existem softwares gratuitos, mais voltados para crianças e adolescentes, usados para apresentar a lógica da computação aos alunos. Eles permitem que o usuário insira comandos que criam figuras, movimentam personagens e possibilitam a elaboração de desenhos, narrativas e jogos. O maior desafio do sistema escolar está no ensino das linguagens de programação propriamente ditas, utilizadas para criar páginas na internet, aplicativos e jogos. Porém, uma das barreiras é a falta de professores especializados. Números confirmam essa realidade no Brasil conforme dados de 2010, há 79 cursos de licenciatura em computação que preparam educadores para lecionar sobre esse tema, mas eles formam menos de 700 profissionais por ano.

A intenção é usar a computação para que os jovens de hoje programem seu futuro e possam assim criar um mundo melhor.

Para conhecer um pouco mais sobre essas linguagens, citei aqui algumas delas:

C — É uma das linguagens mais antigas ainda em uso, que deu origem a várias outras. Muito utilizada em sistemas embutidos, como em eletrodomésticos (para fazer funcionar o marcador de potência de um micro-ondas, por exemplo). Também é muito utilizada em áreas como mecatrônica ou robótica, podendo ser utilizada para o controle de elevadores ou a movimentação de robôs.

Java — É um dos recursos mais utilizados no desenvolvimento de sites e aplicativos, desde o teclado virtual para acessar a página de um banco na internet, por exemplo, sistemas de leilão online ou jogos feitos para celular. Versátil, pode ser adaptado para diferentes dispositivos como computadores, tablets ou smartphones, e diferentes sistemas operacionais.

HTML — Não é chamada de linguagem de programação, mas de "marcação". Utilizada para montar o "esqueleto" das páginas da internet: por meio dela, o usuário pode definir a estrutura básica que o site terá, determinar o título, dividir o texto em parágrafos, criar listas etc.

CSS — É chamada de linguagem de estilo, ou seja, destinada a elaborar as características estéticas de uma página da internet, como cor de fundo, estilo das letras, entre outros recursos. Costuma-se dizer que, enquanto o HTML é o "esqueleto", o CSS é a "pele" das páginas virtuais.

PHP — É um conjunto de códigos que pode dar dinamismo a um site da internet, ou seja, torná-lo capaz de "fazer coisas", como recuperar informações de um banco de dados. Costuma ser utilizado em combinação com outras linguagens da web, como HTML e CSS.


Porém hoje Já estão disponíveis, na internet, uma série de recursos que permitem ao usuário aprender noções básicas das principais linguagens utilizadas na informática. Alguns deles se assemelham a cursos simples online. Confirma algumas possibilidades gratuitas e interessantes:

Codecademy — www.codecademy.com

O site, que apresenta algumas áreas em português, oferece uma série de cursos online baseadas em exercícios apresentados em sequência. O aluno vai completando tarefa e acumulando recompensas como distintivos virtuais.

Code — www.code.org

A página da campanha, em inglês, oferece uma série de recursos específicos para estudantes e para professores e links para outras páginas de apoio. Apresenta material de apoio para educadores interessados em integrar a linguagem de programação a suas aulas.

Fundação Pensamento Digital — www.pensamentodigital.org.br

A ONG gaúcha tem uma página onde oferece informações sobre inclusão digital e uma seção de "oficinas" com várias informações sobre softwares que favorecem o ensino de programação.

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